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O que é vegetarianismo e seus benefícios

O vegetarianismo é uma prática alimentar que exclui o consumo de derivados animais como a carne vermelha e tem como principal fonte de alimentos os vegetais e os fungos. O vegetarianismo emergiu como um movimento alimentar significativo nas culturas ocidentais. Os benefícios de ser vegetariano incluem melhoria da saúde, uma menor pegada ambiental, e uma relação mais respeitosa com os animais não humanos.

Foram criadas as expressões “vegetariano estrito” e “ovolactovegetariano” para diferenciar as pessoas que têm uma dieta 100% baseada em vegetais e fungos das que excluem as carnes mas consomem laticínios e ovos, respectivamente.

Existem outras dietas e filosofias de vida que propõem a exclusão total ou redução no consumo de derivados animais, como o pescetarianismo, flexitarianismo, peganismo e o veganismo. Neste último caso, além da dieta ser completamente baseada em fungos e vegetais, portanto, similar à dieta vegetariana estrita, há a preocupação ética com o bem-estar dos animais envolvidos na produção de qualquer alimento, produtos e utensílios.

Por isso, o vegano (que é um vegetariano estrito em relação à dieta), evita cosméticos testados em animais; qualquer tipo de carne, laticínios e ovos; objetos de couro; entre outros produtos que envolvam sofrimento e contenham derivados, excreções ou partes do organismo de qualquer animal.

Motivos para aderir ao vegetarianismo

1. Longevidade
Ser vegetariano pode resultar numa vida mais longa, de acordo com um estudo publicado no periódico JAMA Internal Medicine. Segundo a pesquisa, realizada por profissionais da Universidade Adventista do Sétimo Dia de Loma Linda, nos Estados Unidos, quem é vegetariano estrito (que só come vegetais e fungos) tem um risco 15% menor de morte, enquanto quem é ovo-lacto-vegetariano (que têm uma dieta baseada em vegetais, ovos, leite e produtos derivados destes) têm um risco de morte 9% menor que pessoas que comem carnes. Já os pesco-vegetarianos (que comem peixe, vegetais, ovos e laticínios) têm um risco 19% menor de morte. Por fim, os semivegetarianos (consomem menos carne que uma pessoa em dieta padrão e não ingerem carne bovina e suína, embora comam carne de frango e peixe) têm um risco 8% menor de morte em comparação com os que se alimentam de carne com mais frequência.

2. Diminui o risco de doenças crônicas

Um estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford, que saiu no início de 2013, mostrou que ser vegetariano reduz o risco de doença cardíaca em 32%, em comparação com uma dieta baseada em carne e peixe. Essa pesquisa abarcou 45 mil pessoas no Reino Unido, sendo 34% delas vegetarianas. Os pesquisadores descobriram nesse estudo que aderir ao vegetarianismo gera menos propensão a ter índices de massa corporal elevado, como também a ter diabetes. Um estudo de 2011 publicado na revista Diabetes Care mostrou que ser vegetariano está associado a uma diminuição de fatores do risco de síndrome metabólica, que é um conjunto de distúrbios que estão associados com um risco maior de diabetes e doença cardiovascular.

Uma revisão de 25 estudos localizados na plataforma PubMed concluiu que uma dieta com redução nos produtos de origem animal contribui para a redução do risco de obesidade e diabetes tipo 2. Além de melhorar marcadores de saúde metabólica e pressão arterial e desempenhar um papel no tratamento de doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn.

3. Aderir ao vegetarianismo é mais efetivo contra o efeito estufa do que parar de andar de carro

De acordo com uma pesquisa da Universidade de Yale, a produção da carne vermelha tem um impacto ambiental muito maior em comparação aos outros tipos de carnes (porcos e aves), vegetais e derivados de animais (laticínios e ovos). Isso porque, de acordo com estudo, há perda de energia trófica com o processo de ruminação dos bovinos.

O estudo analisou a quantidade de terra, água e fertilizantes nitrogenados necessária para expandir a produção de carne e comparou com a de aves, porcos, ovos e laticínios. Concluiu-se que entre 2% a 12% da energia bruta consumida pelos bovinos é desperdiçada na produção e na eliminação do gás metano.

“Apenas uma fração dos alimentos consumidos pelo gado passa à corrente sanguínea, de forma que parte da energia é perdida”, disse o especialista que liderou a pesquisa Gidon Eshel.

A alimentação do gado com grãos em vez da grama agrava essa ineficiência, apesar de Eshel apontar que mesmo o gado alimentado com grama ainda apresenta maior pegada ambiental que outros produtos de origem animal.

Eshel ainda afirmou que “comer menos carne vermelha reduziria mais a pegada de carbono do que desistir de se locomover de carro”.

4. Diminui os sintomas da asma

Um estudo sueco mais antigo sugere que uma dieta vegetariana estrita, pode diminuir os sintomas da asma. Vinte e dois dos 24 participantes que fizeram dieta vegana por um ano tiveram melhorias, incluindo menos dependência de medicamentos.

Pensa-se que certos alimentos de origem animal podem produzir uma resposta a alergias ou inflamações, portanto, remover esses alimentos da dieta pode reduzir essas respostas.

5. Diminui a pressão ambiental sobre os solos e recursos hídricos

A produção de alimentos vegetais exige muito menos espaço de terra do que a produção de alimentos de origem animal. Em um hectare de terra, por exemplo, é possível plantar 42 mil a 50 mil pés de tomate ou produzir apenas uma média de 81,66 Kg de carne bovina por ano. Assim, a alimentação vegetariana estrita estimula a diminuição do desmatamento.

A economia de água também é bastante significativa: para se produzir um quilo de soja (que é fonte de proteína completa), são gastos 500 litros de água, enquanto para um quilo de carne bovina, são necessários 15 mil litros.

Estudos mostraram que reduzir o consumo de derivados animais alivia a pressão sobre o uso da terra e pode ser essencial para evitar impactos ambientais negativos, como grande expansão agrícola.

 

 

 

 

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