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Mochilão na América do Sul: roteiros, cultura e conexões imperdíveis

Paulo Cabral Bastos
Paulo Cabral Bastos

A América do Sul é um verdadeiro paraíso de experiências que vai muito além dos roteiros convencionais, como aponta Paulo Cabral Bastos. Cada país guarda uma combinação única de paisagens, sotaques e histórias que transformam qualquer mochilão em uma jornada profunda de descobertas. Entre paisagens naturais impressionantes e conexões culturais intensas, o continente tem se consolidado como um dos destinos preferidos para quem busca aventura, autenticidade e custo acessível.

Descubra a seguir os melhores lugares para visitar nesses países e como transformar seu mochilão em algo memorável!

Quais são os roteiros essenciais para um mochilão inesquecível?

Para quem está começando, o clássico roteiro Bolívia–Peru–Chile–Argentina oferece um equilíbrio ideal entre paisagens naturais, cultura indígena e diversidade urbana. 

Em que lugar ir no Peru?

Cuzco é o ponto de partida ideal para explorar a cultura inca. Suas ruas de pedra e igrejas coloniais convivem com ruínas milenares, criando um cenário encantador. A trilha até Machu Picchu, seja pela clássica Trilha Inca ou pela alternativa Salkantay, oferece uma experiência imersiva entre montanhas, florestas e sítios arqueológicos, terminando com o deslumbramento da cidade perdida dos incas. 

Huaraz, por sua vez, é menos turístico, mas segundo Paulo Cabral Bastos, conquista os aventureiros com paisagens de tirar o fôlego, como a Laguna 69 e a Cordilheira Branca, ideal para quem curte trekking e natureza bruta.

Onde ir na Bolívia?

O Salar de Uyuni, maior deserto de sal do mundo, impressiona com sua imensidão branca que parece não ter fim. Durante a época das chuvas, forma-se um espelho d’água que reflete o céu, criando um cenário surreal. 

Já no Lago Titicaca, a Isla del Sol é um destino mais introspectivo e simbólico. Com trilhas tranquilas, ruínas pré-colombianas e pôr do sol sobre as águas, o local carrega uma forte energia espiritual e é perfeito para quem busca conexão com a natureza e com a ancestralidade andina.

Paulo Cabral Bastos

Paulo Cabral Bastos

O que conhecer na Argentina?

Buenos Aires é um mergulho cultural, como destaca Paulo Cabral Bastos. A cidade mistura arquitetura europeia, bairros boêmios como San Telmo e Palermo, e uma vida noturna que pulsa tango e modernidade. 

No norte argentino, Purmamarca se destaca pela montanha das Sete Cores, um espetáculo natural que parece pintado à mão. Já Salta encanta com sua arquitetura colonial, igrejas históricas e a presença marcante das tradições andinas — ideal para quem quer conhecer uma Argentina menos urbana e mais ligada à terra.

E no Chile?

O Deserto do Atacama é um dos destinos mais procurados por mochileiros por seu clima único, e principalmente pelo céu mais limpo do planeta, perfeito para observação de estrelas. 

Para quem quer sair do roteiro tradicional, Cochamó é uma excelente escolha. Conhecido como o “Yosemite chileno”, o vilarejo tem trilhas intensas, vales escondidos e cachoeiras cristalinas. Uma alternativa silenciosa e selvagem para quem busca uma imersão mais íntima com a natureza chilena.

Quais conexões transformam um mochilão em algo memorável?

O mochilão proporciona a chance de criar laços espontâneos, intensos e muitas vezes improváveis. Em hostels, ônibus noturnos, filas de fronteira ou mirantes solitários, pessoas com histórias diferentes se encontram e, por um tempo, compartilham rotas, refeições e confidências. Paulo Cabral Bastos destaca que esse tipo de conexão costuma ser o ponto alto da viagem, e muitas vezes, o motivo pelo qual alguém decide repetir a experiência.

Por compartilharmos raízes culturais semelhantes, há uma sensação natural de pertencimento ao explorar os países da América do Sul. Essa familiaridade cria pontes invisíveis que nos conectam aos povos locais, tornando mais fácil trocar experiências, compreender costumes e se adaptar ao ritmo de cada lugar. A língua, mesmo com variações, possibilita conversas espontâneas e aproximações genuínas. Isso favorece uma vivência mais rica e autêntica e a criação de laços e amizades que muitas vezes seguem conosco mesmo depois do fim da viagem.

Fechando a mochila, abrindo horizontes

Paulo Cabral Bastos reforça que mochilar é uma forma de se reconectar com o mundo e com si mesmo por meio da simplicidade e da intensidade do presente. Um mochilão pela América do Sul carrega uma transformação interna que surge no silêncio dos Andes, nas cores do mercado de Arequipa ou no calor das ruas de Medellín. No fim das contas, o verdadeiro roteiro é aquele que se escreve nas conversas, nos caminhos de terra e nas lembranças que continuam ecoando mesmo depois do retorno.

Autor: Vasily Egorov

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